A quantidade de pessoas com queimaduras adquiridas nos festejos juninos aumentou este ano. A informação foi divulgada pelo chefe da Unidade de Queimados do Hospital da Restauração (HR), Marcos Barreto, em coletiva realizada na manhã desta terça-feira (02). O número de vítimas saltou de 40, em junho de 2011, para 50 no mesmo período deste ano, sendo 28 crianças e 22 adultos. O aumento foi de 25%, com 29 internações correspondentes aos casos mais graves.
“Foi um aumento significativo considerando que buscamos repercutir ao máximo os cuidados nessa época junina. Chego à conclusão de que é algo cultural, que deve ser dificultado pelas autoridades públicas. A cultura de fogos e fogueiras mutila, dá prejuízo ao Estado e prejuízo pessoal às famílias. Isso tem que ser repensado”, afirmou o médico.
Em geral, os casos foram de queimaduras graves, ou seja, de 3º grau e com mais de 20% de comprometimento da pele. A causa dos ferimentos, na maioria das vezes, foi decorrente de quedas em fogueiras ou de explosões malsucedidas de fogos de artifício. Apesar disso, não foi registrado nenhum óbito. “São os mesmos erros de sempre. Pessoas que utilizam combustível de forma indevida, montam fogueiras acima de um metro de altura e deixam crianças por perto”, completou Barreto. A média do tempo de internação de uma pessoa com queimaduras no HR é de 22 dias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário