quarta-feira, 16 de maio de 2012
DILMA, CADÊ A AGUÁ?
Quando a presidente Dilma Rousseff, no final de abril passado, anunciou que estava lançando um plano de enfrentamento à seca que se prenunciava como a pior nos últimos 40 anos e que estava criando o “Bolsa Estiagem”, escrevi o artigo Mais uma Bolsa Esmola, onde perguntava o que tinha sido feito da tão falada e “ufanizada” Transposição do rio São Francisco.
Dilma combinou com todo mundo, menos que com a seca e esta chegou com tudo, provocando um confronto que os catastrofistas só a imaginaram no futuro: a guerra pela água. Em Pernambuco, essa luta já começou com tiros, morte e exploração da miséria. Protestos desesperados são registrados não só lá, mas em várias regiões do semi-árido, onde a estiagem já se alastra por 1.100 municípios. A população pede providências imediatas dos governos para amenizar os efeitos devastadores.
Outra face cruel para as vítimas da seca é a exploração: se no passado eram os coronéis que manipulavam currais eleitorais distribuindo água, hoje as denúncias recaem sobre ‘pipeiros’, geralmente candidatos a vereador e seus cabos eleitorais, donos dos caminhões de água.
As barragens ficaram secas, o povo está com sede, mas o carro leva água para colher voto. Os donos dos caminhões ganham por dois lados: recebem do governo e o voto do povo. As pessoas prejudicadas não reclamam porque têm medo.
É isso aí, a Transposição foi para o espaço levando na garupa a Construtora Delta, e o Bolsa Estiagem, foi para o bidê, isto é o cemitério dos que ainda na nasceram.
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