segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Compesa anuncia que conta de água vai ser reduzida em 2013
















O presidente da Compesa, Roberto Tavares, revelou ao
 Blog de Jamildo, em visita à redação do Jornal do Commercio, nesta sexta-feira, que a conta de água no Estado vai é cair e não subir, em 2013.

O dirigente explicou que o governador Eduardo Campos deu instruções para que a estatal repasse integralmente, para a conta de água, o efeito da redução do custo da energia anunciado pela presidente Dilma, recentemente.A estatal usa energia em alta tensão para fazer funcionar vários sistemas de abastecimento hídrico.


“Não posso anunciar um percentual exato porque estamos esperando a redução exata das tarifas de energia, mas nós estimamos que os nossos custos de energia podem cair entre 15% e 18%. A orientação do governador é repassar integralmente essa redução para a conta de água”, explicou o dirigente.

“Por mais contraditório, a redução dos encargos federais na conta de energia será ruim para a Chesf, de quem compramos o insumo energia, e boa para a Compesa. Eles vão perder uma boa parte do faturamento, mas nós não. Não temos impacto no faturamento e ainda vamos baixar nossos custos com a compra de energia”, explicou. “Essa economia será rebatida na tarifa. Vamos fazer um estudo tarifario e ver a melhor forma de repassar para o consumidor”.
Polêmica da PPP

Em entrevista na rádio JC/CBN, no programa CBN Total, com o comunicador Aldo Vilela, o presidente da Compesa voltou a negar que a conta de água vá subir, nos próximos anos, em função do projeto de exploração do saneamento por meio de uma Parceria Público Privada (PPP).

Chamado de mentiroso no guia do PT, Roberto Tavares também garantiu que o senador Humberto Costa tomou conhecimento do projeto, quando era secretário de Cidades do governo Eduardo. “Quando ele era secretário, conheceu o projeto sim. Como poderia fazer navegação do Rio Capibaribe, sem resolver o problema do saneamento? E qual era a fórmula que a gente estava disucutindo há dois anos? Era a PPP”, disse.

Na campanha eleitoral deste ano, o ex-secretário apresenta como alternativa à PPP, o uso de recursos do PAC, com a ajuda da presidente Dilma. “Este é o modelo que nós temos hoje e não funciona, por ser demorado, burocrático. Basta perguntar à população se ela está satisfeita com a cobertura de saneamento que há hoje”, afirmou.
  
“Com o novo modelo, poderemos fiscalizar melhor, punir melhor, porque, ao invés de vários fornecedores, teremos apenas uma empresa a quem cobrar o cumprimento dos contratos”, comparou.

No ar, na CBN, Roberto Tavares também voltou a negar que haverá rombo nas contas da estatal com a adoção do mecanismo da PPP. “Para que os investimentos sejam feitos, vamos abrir mão de metade da tarifa de esgoto que a Compesa cobra. O que isto significa? No primeiro ano, são R$ 70 milhões a menos no faturamento, mas isto em um faturamento total de R$ 1 bilhão, sem contar também que vamos reduzir despesas em R$ 50 milhões (assumidas pelos vencedores da licitação da PPP)”.
  
O presidente da estatal, mesmo ressabiado com a politização do tema das PPPs com as eleições, vê um lado bom na polêmica criada pelo guia eleitoral do PT. “Depois das eleições, vamos procurar os nossos senadores. Vamos ver quem destes que estão discutindo o tema vão nos ajudar. Uma das principais pautas do setor com o governo Federal é a desoneração de impostos como PIS e Cofins. Não se dá ajuda para o setor de veículos? Não se dá ajuda para a venda de geladeiras? Já pedimos R$ 2 bilhões para destravar os investimentos. Na Compesa, por ano, pagamos de PIS e Cofins cerca de R$ 70 milhões por ano, que vira orçamento da União e depois dinheiro do PAC, para financiar um modelo lento e burocrático”, comparou.

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